Mercado de orgânicos cresce 40% ao ano no Brasil e gera subprodutos

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Mercado de orgânicos cresce 40% ao ano no Brasil e gera subprodutos

Mercado de orgânicos cresce 40% ao ano no Brasil e gera subprodutos

por (Diário do Comércio)

24/02/2015

O segmento de produtos orgânicos, que já se configura como um importante pilar da economia de países como Holanda, Suécia, Estados Unidos, França, Reino Unido, Bélgica e Canadá, vem se expandindo no Brasil, apresentando uma média de crescimento anual de 40%, segundo a Organização Não Governamental (ONG) Projeto Organics Brasil.

Ainda de acordo com a entidade, o aumento da preferência dos brasileiros pelos produtos de origem orgânica fez com que o país projetasse um potencial de faturamento anual no setor de R$ 10 bilhões até 2020, a exemplo do que já acontece na Alemanha, onde o consumo de produtos livres de agrotóxico pela população chega a 80%.

Apostando no crescimento desse setor no país, a Premium Distribuidora inova em Minas Gerais e traz o novo conceito de picolés orgânicos premium da Green Gelateria, produtos feitos com 80% de fruta, voltados para um público mais saudável, que busca por mais qualidade e sabores diferenciados. Com 70 pontos de vendas em Belo Horizonte e cidades da Região Metropolitana, a distribuidora prevê fechar o ano com mais de 300 locais de comercialização e um faturamento de R$ 1,8 milhão.

Os mineiros estão mais exigentes e têm procurado alternativas para uma alimentação mais saudável, como mostra o dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que diz que 35% da população do Estado consome alimentos orgânicos. “A tendência é que esse número cresça progressivamente e, por isso, investimos R$ 500 milána distribuição da linha Green de picolés, que não possuem lactose, glúten e gordura trans. São mais nutritivos e livres de agrotóxicos, fertilizantes, corantes e aromatizantes”, explica o diretor da Premium, Eduardo Domingues. Em 2014, a fabricante Green apresentou um crescimento de 60% e investiu R$ 1 milhão em lançamentos.

A Premium, que atua há seis meses no mercado, traz para Minas Gerais quatro linhas de produtos: os picolés feitos à base de água, leite, os que possuem 0% de açúcar e os voltados para os veganos, que são aquelas pessoas que não consomem nenhum produto de origem animal. “Dessa forma é possível diversificar a oferta e atender a diferentes nichos de consumidores, desde os que preferem os sabores mais tradicionais até os que possuem restrições alimentares, como alergias e intolerâncias”, esclarece Domingues. Os gelados que são o carro­chefe da Premium, que conta com mais de 21 opções, tem nos sabores chocolate, blueberry e morango os preferidos, mas, de acordo com o diretor da Premium, é crescente o número de pessoas que buscam degustar novos sabores. “A nossa linha também oferece picolés orgânicos de mandioca com coco; arroz doce e banana, aveia e mel, que têm caído cada vez mais no gosto dos mineiros”, pontua.

O diretor ainda ressalta que houve um aumento de 70% na procura pelos picolés, número

impulsionado pelas altas temperaturas registradas nesse verão e pelo clima tropical do país. Esse cenário é comprovado pelos dados da Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (Abis), que revela que, entre 2003 e 2013, a quantidade de sorvetes de massa e picolés consumida pelos brasileiros passou de 685 milhões para 1,2 bilhão de litros, uma alta mais de 80%.