Pesquisa “Nutrir-se ou Comer” diz que Alimentação na Rua é Mais Saudável que a de Casa.

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Pesquisa “Nutrir-se ou Comer” diz que Alimentação na Rua é Mais Saudável que a de Casa.

Pesquisa “Nutrir-se ou Comer” diz que Alimentação na Rua é Mais Saudável que a de Casa.

Todo mundo acredita que comer em casa é a chave para uma boa alimentação. Mas isso pode não ser exatamente verdade. Segundo a pesquisa Nutrir-se ou comer: diálogos e dilemas no cotidiano de clientes e de nutricionistas em restaurantes de refeição por peso, pessoas que utilizam restaurantes por quilo para realizar refeições fora de casa sabem quais alimentos são saudáveis e quais não são. A maioria escolhe o que coloca no prato segundo os critérios de saúde.

A pesquisadora entrevistou 60 clientes de dois restaurantes: um localizado dentro da Cidade Universitária, em São Paulo, e o outro na região do Campo Limpo, região sul da capital, com o objetivo de saber quais fatores influenciavam a escolha dos alimentos que os clientes colocavam no prato. “Em ambos os restaurantes o fator saúde foi apontado por 43% dos clientes, o fator sabor por 26% e o equilíbrio entre sabor e saúde, por 31%. Quem come errado sabe o que está fazendo”, aponta a pesquisadora.

De acordo com Odete, os entrevistados apontaram como exemplos de alimentos ligados à saúde: as folhas verdes, os legumes, os grelhados e o arroz integral. Já um alimento associado com sabor foi a batata frita.

 

A maioria dos entrevistados disse que seria aquilo que comem durante o jantar, principalmente alimentos como fast-food, frituras, croissants, pizza, pão de queijo, etc deveria ser mudado na sua alimentação. Portanto, o grande problema é o jantar, devido ao consumo de alimentos congelados, comida pronta ou de preparo mais rápido, geralmente mais calóricos e com maior teor de gordura. No almoço, nos restaurantes por quilo, a opção dos clientes é por alimentos mais saudáveis.

Segundo eles, os fatores limitadores que levam à escolha desse tipo de alimento para o jantar são a falta de tempo para cozinhar, a falta de habilidade culinária, pelo fato de os congelados serem mais práticos e de rápida preparação, e pela dificuldade em guardar a comida fresca (não poder armazenar na geladeira por muito tempo). “As pessoas que moram em grandes cidades, como São Paulo, saem do trabalho e muitas vão para cursos e nem sempre conseguem chegar em casa em tempo hábil para prepararem uma refeição saudável”, diz.

 

Odete acredita que as pessoas não comem errado por opção, mas por uma série de dificuldades que atrapalham a adoção de uma rotina alimentar mais saudável. “Por isso, o profissional de nutrição deve entender o dia a dia dos clientes a fim de identificar quais as dificuldades da pessoa. E, a partir disso, fazer uma proposta de educação e saúde alimentar que seja adequada a cada realidade.”

Já nos restaurantes, uma alternativa seria o oferecimento de um “cantinho saudável”, sem que isso afete as finanças do restaurantes. “Oferecer apenas alimentos saudáveis não é possível. Mas as nutricionistas sabem que a demanda por arroz integral é menor, então fazem de um modo para que não haja desperdício de alimentos”, conta a nutricionista. Outra estratégia relatada pelas profissionais é diminuir a quantidade de sal e gordura utilizada na preparação dos alimentos.

* Com informações da Agência USP

 

Via: Consumidor Modernos