Preço do pãozinho está ‘ameaçado’ pela alta do dólar

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Preço do pãozinho está ‘ameaçado’ pela alta do dólar

Preço do pãozinho está ‘ameaçado’ pela alta do dólar

por Márcio Souza (Jornal de Jundiaí)

18/02/2015

O dólar em um patamar mais elevado e o iminente aumento no custo da energia elétrica – já anunciado pelo governo federal – preocupa panificadores de Jundiaí e Região e é provável que os preços dos produtos de padaria subam em breve. “Ainda não recebemos nada com preços novos, mas já estamos esperando por isso para as próximas semanas”, diz Adriano Santos Pereira, presidente da Associação das Panificadoras de Jundiaí e Região (Apan).

Segundo Pereira – que também é empresário do ramo – o dólar mais alto interfere diretamente no preço da farinha, mas o reflexo disso para o consumidor é pequeno. “O produto não tem uma representatividade muito grande nos custos de uma padaria e, por isso, acredito que o reajuste no preço final não deve chegar a 10%”, afirma.

Ele explica que a preocupação é maior em relação à energia elétrica e também aos combustíveis. “Esses, sim, são custos pesados para os panificadores e podem causar um reajuste maior nas prateleiras.” Por conta dos fornos, a conta de energia das padarias são elevadas e qualquer reajuste tem um impacto considerável, acrescenta.

Segundo Pereira, o quilo do pão francês é vendido na região entre R$ 6,50 e R$ 12,20. “Depende da estrutura do estabelecimento, da quantidade de funcionários, etc, enfim, dos custos fixos do negócio, que têm relação direta com a definição dos preços.” Donos de panificadoras ouvidos pela reportagem do Jornal de Jundiaí Regional estimam em 25% a 30% o índice que o preço do trigo representa no valor de venda do pão francês.

Defasagem

Dono de uma panificadora há 31 anos no Anhangabaú, em Jundiaí, o comerciante Ademar Aires diz que não reajusta o preço dos produtos há mais de um ano. “Sempre que dá a gente absorve essa alta nos custos da produção, mas já chegamos em um ponto que não dá mais para segurar. O preço atual já está defasado e deverá ser reajustado em breve”, diz.