por Ana Paula Silva (DCI)
20/02/2015
Na área de delivery surgem novos nichos no segmento de comida servida em caixinha. Amplamente utilizado por redes especializadas em culinária asiática, o mercado agora começa a ser explorado por empresas que apostam em alimentos típicos de várias regiões do País.
É o caso da empresa Brasileirinho, que entrega comida típica de Goiás, Minas Gerais e outros estados. Estrogonofes de carne e de frango são o carros-chefes, sendo que a Brasileirinho possui 12 opções de refeições diferentes, sempre servidas em dois tamanhos de caixinhas. A rede, que opera há menos de dois anos, já possui 10 lojas em funcionamento e conta com outras cinco em fase de final negociação, conforme o sócio diretor da bandeira Jhonathan Ferreira da Silva.
O executivo fala que, este ano, a empresa pretende inaugurar mais 50 franquias, além de incluir em seu cardápio outros 10 pratos da culinária brasileira.
Sobre o início da empreitada, Silva diz que a abertura da primeira unidade própria foi em São José do Rio Preto (SP), em 2013. Menos de um ano depois, contudo, o interior paulista começou a receber franquias.
Operação
Hoje, a empresa – que só atua com entrega – opera no estado de São Paulo em cidades como Araraquara, Bauru, Limeira e Taubaté. Há franqueados também em Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Porto Alegre (RS), além de Rio das Ostras (RJ) e Santa Inês (MA).
“Notamos que o cardápio de comidas asiáticas já estava sendo bem explorado no mercado nacional. A partir daí optamos por inovar o serviço. Vimos opções entre as comidas brasileiras como uma grande alternativa”.
Segundo ele, o investimento inicial da operação para lançar uma loja varia de R$ 90 a R$ 120 mil. Em 2014, o faturamento da rede foi R$ 1,8 milhão. A renda mensal das unidades franqueadas costuma variar de R$ 40 mil a R$ 60 mil.
Para o consultor da Rizzo Franchise, Marcus Rizzo, o aumento de opções na alimentação delivery é visto de forma positiva, mas ainda assim vale um alerta: “O maior problema dentro de uma franquia é ter pessoas que não conhecem o próprio negócio. Quando um empresário compra uma franquia, ele compra junto da marca o produto e a experiência de quem sabe fazer, então deve tentar espelhar-se nisso”.
Rizzo afirma que 34% de todas redes de franquias no Brasil têm menos de um ano de vida. A falta de experiência aumenta as dificuldades de manter o estabelecimento, já que é fundamental o franqueado conhecer o ciclo de funcionamento da loja. “Normalmente o ciclo médio para se conhecer o funcionamento de uma empresa é de um ano. O ideal seria fazer isso por dois anos e identificar uma série de características do negócio”.
Com relação à Brasileirinho, a companhia segue firme no propósito de ganhar mercado. Para isso, aposta em massas como penne ou em comidas como a goiana (galinhada), ou a mineira (mexidão) – além da tradicional feijoada. “Para quem procura uma opção mais saudável, a rede também oferece arroz integral e peito de frango grelhado”, diz Silva.
O ticket médio cobrado pela companhia é de R$ 11,50, mas os preços vão de R$ 8,99 a R$ 14,99. Para reduzir os custos na operação, a maioria das entregas é feita por empresas terceirizadas, ainda que o serviço em algumas lojas seja prestado por funcionários das unidades em todo o País.
Pioneirismo
Uma das pioneiras no segmento de comida em caixinha e exemplo de negócio de sucesso é a China In Box , que tem hoje 160 franquias e seis unidades próprias. O faturamento da companhia no ano passado foi de R$ 306 milhões.
Este ano, a China In Box, há 23 anos no mercado, pretende inaugurar 18 lojas, sendo 10 próprias. A meta é crescer em números reais até 5%. Segundo o presidente do grupo TrendFoods, da qual faz parte a marca China In Box, Robson Shiba, o principal problema enfrentado atualmente diz respeito a carga tributária. “Ela quase inviabiliza os negócios e é um dos fatores que prejudica o desempenho das franquias”.
Já para Silva, da Brasileirinho, o ponto que merece mais atenção envolve as entregas em locais distantes. “É preciso ter uma equipe organizada”.
Adaptação
Em meio a uma economia que cresce menos, o coordenador do Comitê de Alimentação da Associação Brasileira de Franchising (ABF), João Baptista Júnior, acredita que o segmento de franquia de alimentação precisa se adequar. “O consumidor pode mudar o ticket médio, caso o dinheiro diminua. Ele não deixará de comer, mas mudará a frequência de alimentação fora do lar.”
por Ana Paula Silva (DCI)
20/02/2015
Na área de delivery surgem novos nichos no segmento de comida servida em caixinha. Amplamente utilizado por redes especializadas em culinária asiática, o mercado agora começa a ser explorado por empresas que apostam em alimentos típicos de várias regiões do País.
É o caso da empresa Brasileirinho, que entrega comida típica de Goiás, Minas Gerais e outros estados. Estrogonofes de carne e de frango são o carros-chefes, sendo que a Brasileirinho possui 12 opções de refeições diferentes, sempre servidas em dois tamanhos de caixinhas. A rede, que opera há menos de dois anos, já possui 10 lojas em funcionamento e conta com outras cinco em fase de final negociação, conforme o sócio diretor da bandeira Jhonathan Ferreira da Silva.
O executivo fala que, este ano, a empresa pretende inaugurar mais 50 franquias, além de incluir em seu cardápio outros 10 pratos da culinária brasileira.
Sobre o início da empreitada, Silva diz que a abertura da primeira unidade própria foi em São José do Rio Preto (SP), em 2013. Menos de um ano depois, contudo, o interior paulista começou a receber franquias.
Operação
Hoje, a empresa – que só atua com entrega – opera no estado de São Paulo em cidades como Araraquara, Bauru, Limeira e Taubaté. Há franqueados também em Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Porto Alegre (RS), além de Rio das Ostras (RJ) e Santa Inês (MA).
“Notamos que o cardápio de comidas asiáticas já estava sendo bem explorado no mercado nacional. A partir daí optamos por inovar o serviço. Vimos opções entre as comidas brasileiras como uma grande alternativa”.
Segundo ele, o investimento inicial da operação para lançar uma loja varia de R$ 90 a R$ 120 mil. Em 2014, o faturamento da rede foi R$ 1,8 milhão. A renda mensal das unidades franqueadas costuma variar de R$ 40 mil a R$ 60 mil.
Para o consultor da Rizzo Franchise, Marcus Rizzo, o aumento de opções na alimentação delivery é visto de forma positiva, mas ainda assim vale um alerta: “O maior problema dentro de uma franquia é ter pessoas que não conhecem o próprio negócio. Quando um empresário compra uma franquia, ele compra junto da marca o produto e a experiência de quem sabe fazer, então deve tentar espelhar-se nisso”.
Rizzo afirma que 34% de todas redes de franquias no Brasil têm menos de um ano de vida. A falta de experiência aumenta as dificuldades de manter o estabelecimento, já que é fundamental o franqueado conhecer o ciclo de funcionamento da loja. “Normalmente o ciclo médio para se conhecer o funcionamento de uma empresa é de um ano. O ideal seria fazer isso por dois anos e identificar uma série de características do negócio”.
Com relação à Brasileirinho, a companhia segue firme no propósito de ganhar mercado. Para isso, aposta em massas como penne ou em comidas como a goiana (galinhada), ou a mineira (mexidão) – além da tradicional feijoada. “Para quem procura uma opção mais saudável, a rede também oferece arroz integral e peito de frango grelhado”, diz Silva.
O ticket médio cobrado pela companhia é de R$ 11,50, mas os preços vão de R$ 8,99 a R$ 14,99. Para reduzir os custos na operação, a maioria das entregas é feita por empresas terceirizadas, ainda que o serviço em algumas lojas seja prestado por funcionários das unidades em todo o País.
Pioneirismo
Uma das pioneiras no segmento de comida em caixinha e exemplo de negócio de sucesso é a China In Box , que tem hoje 160 franquias e seis unidades próprias. O faturamento da companhia no ano passado foi de R$ 306 milhões.
Este ano, a China In Box, há 23 anos no mercado, pretende inaugurar 18 lojas, sendo 10 próprias. A meta é crescer em números reais até 5%. Segundo o presidente do grupo TrendFoods, da qual faz parte a marca China In Box, Robson Shiba, o principal problema enfrentado atualmente diz respeito a carga tributária. “Ela quase inviabiliza os negócios e é um dos fatores que prejudica o desempenho das franquias”.
Já para Silva, da Brasileirinho, o ponto que merece mais atenção envolve as entregas em locais distantes. “É preciso ter uma equipe organizada”.
Adaptação
Em meio a uma economia que cresce menos, o coordenador do Comitê de Alimentação da Associação Brasileira de Franchising (ABF), João Baptista Júnior, acredita que o segmento de franquia de alimentação precisa se adequar. “O consumidor pode mudar o ticket médio, caso o dinheiro diminua. Ele não deixará de comer, mas mudará a frequência de alimentação fora do lar.”