De fato, os prognósticos apontam para uma realidade incontornável: o grupo de indivíduos com mais de 60 anos foi o que mais cresceu em termos proporcionais no Brasil, enquanto a população jovem encontra-se em um processo de desaceleração de crescimento. Até a década de 60, todos os grupos etários se desenvolviam de forma similar, fato que sustentava a estabilidade da composição da pirâmide etária. Todavia, hoje, a configuração da população sofreu mudanças bastante abrangentes e o nosso século está sendo edificado com uma população de indivíduos mais velhos, que crescem, proporcionalmente, oito vezes mais do que os jovens e quase duas vezes mais que a população total.

Notadamente tal população tem estabelecido diálogos bastante proveitosos com os novos tempos digitais. É o que tem revelado, de forma progressiva, os Estudos Marplan – EGM (de Abril/2012 a Março/2013). Hoje, por exemplo, 1/4 das pessoas acima de 50 anos tem o hábito de acessar a internet, não havendo diferenças em relação ao sexo (a base usada foi a dos que acessaram a internet nos últimos 30 dias). Ambos, homens e mulheres que entram (ou que já estão inseridos) na chamada “3ª idade”, vêm gradativamente elevando a familiaridade com os espaços digitais e, como consequência, aumentando de forma rápida e contínua a penetração do meio no grupo em questão.

Entre as finalidades de acesso ao ambiente em rede, a leitura de e-mails ocupa o 1º lugar no ranking (79%), seguido bem de perto pelas buscas por temas e interesses diversos (78%). Também merecem destaque o interesse desse grupo pela noticias em geral e pelos sites de relacionamento disponíveis online com 58% e 46%, respectivamente, dos percentuais que mobilizam o acesso dos idosos à internet.

Fonte: Meio & Mensagem