16/05/12
Como não existem fórmulas prontas e válidas para todos quando o assunto é empreendedorismo, a resposta mais certeira seria “não é obrigatório, mas ajuda muito” conhecer previamente o mercado no qual se vai entrar
Uma das maiores dúvidas daqueles que querem empreender é se é obrigatório ter conhecimento prévio do segmento em que se pretende atuar. Como não existem fórmulas prontas e válidas para todos quando o assunto é empreendedorismo, a resposta mais certeira seria “não é obrigatório, mas ajuda muito”. Quem abre uma empresa em um segmento que não domina está exposto a eventuais problemas. “Já existe o risco inerente a qualquer negócio. Se a pessoa não possui conhecimento do mercado e da cadeia produtiva, multiplica-se por dois a chance de insucesso”, avalia Ana Vecchi, sócia-proprietária da Vecchi&Ancona, consultoria especializada em gestão empresaria. Há, claro, os casos de quem prospera mesmo “entrando de gaiato” em um nicho. “É pura sorte”, acredita.
Para evitar os riscos da falta de experiência, Daniel Bernand, presidente da Netplan, consultoria especializada em franquias, recomenda aos mais jovens, que não têm conhecimento profundo da área em que pretendem atuar, que comecem trabalhando como empregados. “A ideia é adquirir ritmo de trabalho antes de partir para um empreendimento próprio”, explica.
Isso porque, geralmente, o empreendedor que aposta em um segmento que não conhece é aquele que se identifica com determinado produto enquanto consumidor. “É a velha história da mulher que gosta de roupa e, só por isso, decide abrir uma loja”, diz Ana, que acredita que outro perfil é daquelas pessoas que acham que tem feeling para os negócios. “Não dá para viver de achismo no mundo dos negócios”, analisa.
Franquia é alternativa
Para quem não tem experiência prévia em determinado segmento e mesmo assim quer empreender, uma saída é tornar-se franqueado. Nesse caso, será função da franqueadora transmitir conhecimento sobre o setor de atuação.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), a mortalidade de franquias nos dois primeiros anos é de cerca de 3% – nas empresas convencionais, esse índice chega a 27%, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Porém, mesmo nos casos das franquias é preciso atenção. “Há setores em que a experiência conta mais do que em outros”, pondera Daniel. Ele cita como negócios em que não é preciso conhecimento prévio os restaurantes fast food e as unidades de revenda de mercadorias. Já farmácias, padarias e oficinas mecânicas, necessitam. “É fundamental, ainda, encontrar uma rede que dê o suporte necessário”, diz.
Procure uma consultoria
Existe também a opção de o empreendedor procurar consultorias especializadas. A elas caberia o estudo do mercado, a elaboração de um plano de negócios compatível com o segmento e o levantamento do que tem sido praticado pela concorrência, por exemplo.
Se o empresário decidir que não quer a ajuda de uma consultoria – ou não puder pagar por ela -, ele mesmo pode buscar esse conhecimento por meio de educação formal, por exemplo. “Essa é a alternativa para quem tem mais tempo”, esclarece Ana.
A quarta opção é encontrar um sócio que domine o setor em que se pretende atuar. No entanto, é preciso tomar cuidados com os termos da sociedade. Tudo deve ficar acertado em um contrato, para evitar aborrecimentos – e prejuízos.
Fonte: Portal Terra
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