Embalagem “sustentável” é tendência; veja como se adequar

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Embalagem “sustentável” é tendência; veja como se adequar

As empresas têm se preocupado cada vez mais com o impacto ambiental das suas atividades. E um dos pontos é o uso de embalagens. Há desde a busca por alternativas ambientalmente mais corretas até o uso de símbolos técnicos nos rótulos 

 

14/06/12

A “onda verde” que toma conta do mundo não poderia deixar de lado as embalagens dos produtos industrializados – muitas vezes apontadas como vilãs da ecologia. Por conta disso, empresas de diversos segmentos têm procurado desenvolver soluções para diminuir seu impacto ambiental – e, de quebra, melhorar seu marketing junto aos consumidores.

A Coca-Cola Brasil, por exemplo, lançou no ano passado a garrafa de água mineral Crystal Eco, que utiliza 20% menos plástico PET. As pequenas empresas, ainda que de forma mais lenta, também estão buscando alternativas para comercializar embalagens ambientalmente mais corretas.

Uma das formas de se fazer isso é aplicar uma simbologia técnica nos rótulos. Com isso, o consumidor saberá identificar rapidamente se aquela embalagem pode ser descartada de maneira seletiva e descobrir de que material ela é feita, o que o auxilia na hora da separação do lixo. Todas essas imagens estão disponíveis para download gratuito no site da Associação Brasileira de Embalagem – Abre.

“A movimentação das empresas tem sido no sentido da reciclagem. Definir qual material é mais sustentável demanda a avaliação de todo o ciclo de vida. Por isso, os esforços são de conscientizar o consumidor e fortalecer o trabalho de coleta seletiva”, explica Luciana Pellegrino, diretora executiva da Abre.

Já para Elisa Quartim, consultora de design sustentável e criadora do site Embalagem Sustentável, as empresas têm de ir além da adoção da simbologia técnica nos rótulos. Segundo ela, em São Paulo, por exemplo, apenas 1% do lixo é reciclado. “Não dá para se preocupar apenas com o descarte. O empresário precisa pensar em todos os seus processos”, afirma.

Embora a consciência coletiva tenha aumentado, ainda não é possível afirmar que o consumidor reconheça sempre os esforços das empresas para a redução de danos à natureza. “Ás vezes, as mudanças são muito técnicas, de processos. E na embalagem você não tem espaço para fazer ‘propaganda’ da sua atitude verde”, aponta Elisa. De qualquer modo, opina Luciana, vem aumentando a quantidade de consumidores atentos a essas questões.

Avaliar o ciclo de vida da embalagem é fundamental

Em primeiro lugar, é obrigação do empreendedor saber exatamente as propriedades dos seus produtos para então decidir qual é a melhor embalagem – já que ela é a proteção do produto até o seu uso ou consumo. Alguns alimentos, por exemplo, quando expostos a oxigênio de forma constante ganham um sabor rançoso.

“Nessa avaliação, cujo objetivo é ser mais criterioso com as embalagens, ele pode descobrir, por exemplo, que estava comprando modelos que eram grandes demais para o seu produto ou que possuíam várias camadas de proteção, o que não era necessário para aquele caso”, afirma Elia. “Só de realizar uma compra mais adequada, com menos desperdício, ele já ajuda o meio ambiente.”

A substituição de matérias-primas é uma das partes mais trabalhosas e requer ajuda de consultoria especializada. Isso porque é preciso avaliar todo o ciclo de vida das embalagens. Elisa diz que um dos itens importantes a ser levado em conta é o transporte.

Segundo ela, às vezes o empreendedor, na ânsia de mudar, acaba escolhendo uma embalagem sustentável que não é vendida no País, mas se esquece que, para importar, precisa colocar na sua ‘conta ambiental” o gás carbônico gerado pelos aviões.

 

 

Fonte: Portal Terra

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