Panificadora Morini é negociada com grupo de empresários do interior de Minas

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Panificadora Morini é negociada com grupo de empresários do interior de Minas

Panificadora Morini é negociada com grupo de empresários do interior de Minas

 

 

Panificadora e mercearia tradicional na Região Centro-Sul de BH deve mudar de foco e oferecer produtos mais refinados

 

 

Em dificuldades financeiras e com gôndolas praticamente vazias, a rede de panificação e mercearia Morini reabre na sexta-feira de cara nova. Desde setembro, as cinco unidades espalhadas pela Região Centro-Sul da capital – nos bairros Anchieta, Sion, Lourdes, São Lucas e Centro – estão sendo negociadas com o Grupo SJ, de Barão de Cocais, que fechou o ano com faturamento estimado em R$ 127 milhões.

 

A venda foi finalizada em novembro, mas a presidente do Grupo SJ, Sinthya Jácome, não revela o valor pago para iniciar as atividades na capital mineira. “As nossas lojas se concentram principalmente no Vale do Aço e ficamos muito dependentes do minério. Com a crise de 2008, fomos bastante afetados e resolvemos iniciar o processo de diversificação do mercado”, explica a executiva ao ser questionada sobre o interesse em aportar em Belo Horizonte.

 

Sinthya explica que a Morini foi uma oportunidade de entrada na capital por ter uma estrutura menor, mas com grande potencial para ganhar contornos de supermercado, possibilidade que não é descartada, apesar de não haver data para a mudança. Os primeiros passos para a reestruturação da rede são traçados pela executiva. “O objetivo agora é abastecer as lojas para que os clientes voltem a encontrar os produtos. Estamos empenhados também na contratação de funcionários, já que o quadro está bastante reduzido”, afirma. Pelo menos 70 vagas estão disponíveis para diversos cargos.

 

Ao longo de janeiro, o mobiliário será substituído, as gôndolas da área de mercearia – que haviam sido retiradas – voltam a fazer parte da estrutura das lojas e ainda são programadas mudanças de uniforme e identidade da marca. “Agora, a Morini passa a se chamar Morini Premium. A intenção é reinaugurar em 31 de janeiro, já com a nova marca”, antecipa Sinthya.

 

Segundo ela, apesar dos percalços vividos pela rede nos últimos anos, os clientes ainda têm apego pela marca, o que justifica sua manutenção. A essência da Morini, perdida com as dificuldades financeiras enfrentadas pela rede, também será reestabelecida. “Daremos foco à qualidade e produtos importados. Teremos uma adega bem diversificada, além de queijos e outros itens finos”, explica.

 

A ideia é adquirir know-how suficiente para que esses produtos também sejam incorporados ao mix disponível nas cidades nas quais o Grupo SJ já atua. “Os clientes estão buscando e cobrando essa variedade”, garante a executiva. Procurado pela reportagem, o ex-proprietário da Morini prometeu falar sobre o assunto até o final de janeiro.

 

A TODO VAPOR

Com a incorporação da Morini ao grupo, o SJ vai expandir a rede, que hoje conta com oito lojas espalhadas pelas cidades de Caeté, Santa Bárbara, Mariana, Ouro Preto, Itabirito, Itabira e Barão de Cocais. Vai ampliar também o quadro de funcionários dos atuais 730 para 1 mil empregados. Ainda está em andamento a construção de mais uma loja em Barão de Cocais, com área de vendas de 1,4 mil metros quadrados. Outras cidades já estão no radar de investimentos do grupo, mas para 2013 a intenção é fincar os pés em Belo Horizonte e garantir o sucesso da nova unidade na Região Central.

 

Fonte: Estado de Minas