por Abitrigo
10/08/2015
Trinta e cinco 35 professores de cursos de panificação, provenientes de doze estados brasileiros, concluíram na sexta-feira (07/08) os cursos de “Congelamento de Pães” e “Pães Rústicos”, conduzidos pelo professor Manuel Flecha, mestre em panificação pela Escola de Panificação de Madri.
A iniciativa é resultado do convênio firmado pela Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) e pela Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria (Abip) com a União Internacional da Indústria da Panificação e Confeitaria (UIBC), contando com o suporte do Sampapão.
Os cursos, com a duração de 50 horas cada um, foram iniciados dia 20 de julho, e ministrados na sede do Sindicato da Indústria da Panificação e Confeitaria (Sindipan), em São Paulo. “Fiquei surpreso com a receptividade, interesse e aproveitamento daqueles que participaram do curso”, diz Flecha, que foi indicado pela UIBC para proferir os cursos, que têm por objetivo promover um salto de qualidade da panificação brasileira.
Manuel Flecha conheceu algumas padarias em São Paulo, gostou do que viu, mas acha que é possível aprimorar ainda mais produtos e serviços. “A panificação brasileira pode melhorar muito, principalmente no que diz respeito à diversificação de produtos”, diz ele, lembrando que essa é uma tendência do mercado europeu.
Os cursos conduzidos por ele foram focados exatamente neste aspecto. “O processo de fermentação lenta é o futuro da panificação, pois confere melhor sabor aos produtos panificados, aumenta sua longevidade e permite a confecção de variados tipos de pães – justamente o que o consumidor moderno exige”, lembra ele.
Igualmente importante é a tecnologia de congelamento, que resulta em maior produtividade para o panificador, proporcionando ganhos na gestão da mão-de-obra – especialmente do padeiro – e reduzindo desperdícios. “Um bom padeiro precisa, hoje, compreender e dominar os modernos processos de produção. Não basta mais saber reproduzir esta ou aquela receita”, recomenda Flecha.
O especialista vê com bons olhos o resultado destes primeiros cursos, afirmando que os conhecimentos adquiridos serão multiplicados pelos professores com qualidade e velocidade. E só tem elogios para a qualidade das farinhas de trigo brasileiras: “Foi uma surpresa positiva. A farinha brasileira é de excelente qualidade. É superior à farinha espanhola!”