28/11/2011
São Paulo – Maior variedade dos produtos ofertados e investimentos na modernização dos estabelecimentos estão entre os principais responsáveis pelo maior faturamento do setor de panificação no estado do Rio de Janeiro. É o que releva o Diagnóstico Setorial da Indústria de Panificação e Confeitaria, pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – Sistema FIRJAN para traçar o perfil das empresas que atuam no segmento, seus gestores e como eles têm atuado em questões como inovação, concorrência e sucessão. Fizeram parte da pesquisa 650 empresas, entrevistadas entre os meses de outubro e novembro deste ano, sendo 54% localizadas na capital e 46%, no interior.
Na maioria dos casos, os estabelecimentos fazem parte do segmento Padaria e Confeitaria (62,5%) e Padarias e Lanchonetes (42,5%). Quase a metade se enquadra na categoria microempresa (45,5%), com receita operacional bruta em 2010 de até R$ 240 mil, enquanto 24,3% são empresas de pequeno porte, com receita anual de acima de R$ 240 mil até 2,4 milhões. Em média, os estabelecimentos pesquisados estão abertos há 22 anos e os empresários têm 17 anos de atuação no ramo.
Sobre as ações que foram implantadas nos últimos dois anos ao negócio, 81,5% das empresas citaram aumento na variedade de produtos ofertados, seguido por lançamento de produtos novos no mercado (62,5%); compra de equipamentos (61,2%); melhora na divulgação do negócio (61,1%); ampliação do espaço de atendimento (37,5%); ampliação do espaço de produção (34,2%) e ampliação do horário de atendimento (17%).
Dos entrevistados, 46,5% relataram incremento no faturamento nos últimos dois anos, enquanto 37,4% declararam manutenção e 15,5%, redução. Quando questionadas sobre a razão do crescimento, as empresas que melhoraram citaram principalmente os investimentos em mix de produtos: maior variedade de produtos ofertados (52,6%) e lançamento de produtos novos no mercado (41,1%), além da melhora na divulgação do negócio (31,8%) e compra de equipamentos para o aumento da produção (22,5%).
Sobre os três maiores problemas que afetam o negócio, em ordem de importância, 79,1% das empresas citaram a carga tributária; 59,1% lembraram a falta de mão de obra qualificada e 35,4%, concorrência com supermercados.
Chamou atenção também a grande quantidade de estabelecimentos que não se planeja em relação ao processo sucessório. Mais da metade (58,6%) não está preocupado no momento com a questão contra 24,6% que já pensam sobre o futuro substituto.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Panificação – ABIP, o setor registrou um expressivo faturamento de R$ 56 bilhões em 2010, sendo que, somente no estado do Rio, seus mais de cinco mil estabelecimentos – em sua maioria micro e pequenas empresas – empregam cerca de 40 mil trabalhadores, ou seja, 71% do mercado de trabalho da cadeia de alimentos e bebidas do estado.
Fonte: Site – Diário Comércio Indústria e Serviço (DCI)